segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O fabuloso destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain)

Só tive contato com esse filme dois anos depois da indicação de uma grande amiga. Era incapaz de pronunciar esse nome tão grande em uma locadora. Nessas férias de Julho assisti no sofá de um sobrado localizado na avenida Assis Brasil, em Alegrete, ao lado de um belo moreno...
O longa aborda a história de uma menina que se muda para Paris e encontra uma caixa em seu banheiro, a partir daí ela acha que sua missão é, além de encontrar um grande amor, ajudar as pessoas com pequenos (e estratégicos) gestos. Lançado em 2002, o filme de Jean-Pierre Jeunet surpreende pelo belíssimo roteiro e pela maravilhosa fotografia.

Lisbela e o prisioneiro



"O cinema nacional é um dos
melhores cinemas brasileiros do

mundo."

Lázaro Ramos


Na minha lista de filmes brasileiros preferidos está o filme Lisbela e o prisioneiro, uma comédia romântica pra ser vista com a mesma expectativa que a mocinha do filme tem a cada nova sessão de cinema... O turbilhão de emoções que a personaegem principal tem perante a telona fez com que eu me apaixonasse por Débora Falabella e não pelo malandro, em forma e bronzeado Selton Mello.
Me apaixonei por Lisbela porque ela é meiga, forte, inteligente e porque, na verdade, gostaria de ter um pouco dela em mim.
O filme dirigido por Guel Arraes foi lançado em 2003 e é o único filme romântico nacional que deu certo. Não me canso de ver...

Fale com ela (Hable con ella)


Não sou grande fã do diretor-roteirista Almodóvar... Acho-o genial, mas pouco criativio. Hoje em dia, consigo prever o que vai acontecer em seus filmes, antes da metade deles. Adivinhei o que aconteceria no final do filme Volver (de 2006)! Na verdade, qualquer um que conheça as outras obras do diretor, sabe que sempre há um problema familiar grave envolvendo abuso sexual, o fim, pois, se torna previsível.
Porém, é inegável que, depois de desligado o dvd, cada uma das histórias do espanhol geram excelentes reflexões.

Foi o que ocorreu depois de assistir Fale com ela, lançado no ano de 2002, um dos primeiros filmes de Pedro Almodóvar que assisti e um dos poucos que me chocou.
O drama se passa enquanto um enfermeiro cuida de uma bailarina em coma, durante a espera só pode fazer uma coisa: falar com ela.O final da história é sensacional, impactante e, ao meu ver, injusto.
Talvez tenha sido por causa desse filme que me 'enamorei' dos filmes espanhóis.

Má educação (Mala educación)


Existem filmes que me provocam asco, cabe ao talento do diretor transformar essa característica em qualidade. O Cheiro do Ralo tem como assunto sub-central o assédio moral e como assunto principal a vida de um homem que compra e vende objetos usados. Fotografia ruim, cor opaca, poucos cenários e um ralo como "alter-ego" do personagem principal só me fizeram ficar contrangida na cadeira do cinema. O diretor Heitor Dhalia, na minha opinião, não foi feliz, pobre Selton...
Ao contrário de tudo isso, Má educação (lançado em 2004), talvez pela beleza da língua, de Gael ou da fotografia, fazem com que o asco seja transportado para último plano, prevalecendo a história intrigante de um menino que resolve se vingar de um possível abuso sexual cometido por um padre durante "sua" infância. Com todas as reviravoltas que um filme de Almodóvar pode ter, a trama se torna interessante justamente por causa desses nós que vão se desenrolando com o decorrer dos acontecimentos. Filmes que instigam o raciocínio e que surpreendem no final, simplesmente, me ganham...

Frida


Como cores me deixam alegre, mesmo quando ilustradas em histórias tristes como a da pintora mexicana Frida Kahlo. A sensibilidade de Julie Taymor (diretora) complementa os rompantes masculinos da pintora, (muito bem) interpretada por Salma Hayek.
Assisti ao filme duas vezes, de tão encantada que fiquei. O cinema americano de vez em quando apresenta surtos de cinebiografias (Ray, Amadeus...) e é incrível como todas elas me surpreendem. Talvez seja por conseguir me imaginar em épocas que gostaria de ter vivido ou por conhecer um pouco mais da história de pessoas que marcaram a história.
O filme lançado em 2002 conta a história da mulher de Diego Rivera e amante de Leon Trotsky. Desde a desgraça que a permite desenvolver a habilidade da pintura até o dia em que - deitada - inaugura a sua primeira exposição.
Faz parte da lista dos filmes que te faz sentir angústia, pena e raiva mas quando termina te faz apreciar com entusiasmo o que foi aquela mulher.

domingo, 18 de novembro de 2007

O poderoso chefão (The Godfather)


É vergonhoso admitir que levei vinte anos
para assistir a saga da família Corleone,
porém confesso que filmes como esse
'funcionam' como vinho, precisam de anos
para serem bem apreciados.


O primeiro (e melhor) filme da trilogia dirigida por Francis Ford Coppola e escrita por Mario Puzo foi lançado nos Estados Unidos em 1972, a parte II e a parte III foram lançadas nos anos de 1974 e em 1990, respectivamente.
O charmoso Marlon Brando, o novinho Al Pacino e a sem sal Daiane Keaton são apenas uma parte do elenco ilustríssimo desse filme, que retrata a vida de uma típica família da máfia italiana da década de 50, elenco esse que a partir da segunda parte vai contar com a presença de Robert De Niro e Andy Garcia, também, bem novinhos!
A fotografia (nas cenas claras) é belíssima e a música é tão bela quanto.
Seria possível que alguém comentasse que o drama tem algumas cenas toscas (como a cena da briga do irmão mais velho Sony com o cunhado e alguns sangues mais cor-de-rosa que por ventura aparecem na tela) contudo, o fato de o filme ter rodado a quase duas décadas atrás não deve ser ignorado, pelo contrário deve ser exaltado pois perduraram, consagraram artistas e se tornaram verdadeiros clássicos. Só atribuo esse sucesso a dois pontos: a inteligência do roteiro e a magnífica encenação de cada um dos atores.