domingo, 26 de abril de 2009

Aula,




segundo o meu namorado...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Para quem tem esperança.
por Ary Faria Marimon Filho
Para quem acredita em milagres, direi que todos acreditamos, um dia, em Papai Noel. E adoramos incentivar isso até certa idade quando nossos filhos pedem aquelas poucas coisas que fazem disparar os seus pequenos corações. Na verdade, acho que nós mesmos voltamos a ser crianças quando os presenteamos com o que eles querem.“Pobre” é aquele que não acredita, que não tem esperança, que não tem fé, que não crê. Por isso os mais pobres têm mais esperança do que qualquer outro ser humano. “Os pobres têm o segredo da esperança” (Bernanos). E eles acreditam em si mesmos tanto quanto acreditam em Deus. Não é apenas um jogo de palavras. Dá pra acreditar que um pobre podese tornar presidente do país mais poderoso do mundo. Dá pra acreditar que um menino pobre pode enriquecer, salvar os seus e devolver, em inspiração e esperança, um pouco domuito que conquistou.Mas o pobre, como o rico, não vê diferença na hora de se apegar a qualquer coisa, quandojulga indispensável ou quando se depara com o fim da estrada.Para quem acredita, não há falsos presságios. Quem crê busca no passado, próprio ou deoutro, sinais de que as coisas vão funcionar, de que ao final tudo acabará bem. Porquese as coisas não estão bem, é porque não chegou o final.Hoje é a última noite dos noventa e nove anos do S. C. Internacional.Martin Luther King disse, certa feita, que “mesmo as noites totalmente sem estrelaspodem anunciar a aurora de uma grande realização”. Fico pensando como foi a noite do dia 03.04.1909 para Henrique Poppe e seus irmãos, jáque decididos estavam a fundar um clube de futebol em Porto Alegre, naquele começo deséculo em que as autoridades públicas incentivavam a prática de esportes através daformação de associações e agremiações.Mas como terá sido o último diálogo entre os irmãos Poppe? Vejam só, abaixo, para quem acredita.
- Henrique?
- ...
- Você está dormindo?
- Não.
- E você, José?
- Não.
- Será que vai vir alguém, amanhã ?
- Claro que vai.
- Vai, sim, eu falei com um monte de gente. Se vierem uns dez, está bom, a gente fica com um reserva.
- A gente vai escrever, vai fazer uma ata?
- Não pensei nisso, mas acho que sim.
- Sim, vai ter uma certidão de nascimento.
- Então vai ter que ter um nome.
- Claro, como é que nós vamos convidar alguém para jogar e não ter nome?
- Sim, mas qual nome nós vamos chamar.
- Não sei, não pensei nisso, o que você acha, Henrique?
- Também não sei. Na hora a gente conversa, ouve o que os outros têm a dizer.
- ...
- Onde nós vamos jogar?
- Ali adiante, uns quatrocentos metros daqui, em direção ao morro, tem um descampado que é bem plano. Teríamos que pedir autorização para o proprietário.
- E se ele não deixar a gente procura lugar.
- Tomara que venha bastante gente.
- Vai vir.
- ...
- Que cor a gente vai usar?
- Branco, vermelho e preto.
- Branco e verde.
- Tem que ter branco. ... Bom, já que vão escolher as cores do uniforme, que escolham todo o resto.
- Até os diretores?
- E porque não?
- Pode dar confusão.
- Se o preço que tivermos que pagar para sermos abertos for este, que tenha confusão.
- ...
- Contra quem nós vamos jogar a primeira partida.
- Contra quem quiser jogar contra a gente.
- Se vierem muitos, jogaremos entre nós mesmos.
- ...
- Que horas são?
- Deve ser quase meia-noite.
- Vejam quantas estrelas.
- Amanhã vai nascer mais uma.
- Como você sabe?
- Sempre nasce uma estrela para quem acredita.
- Henrique?
- Hã.
- Já pensou se a gente ganha o campeonato municipal?
- A gente vai ganhar. A gente vai ganhar o mundo, Luiz! Agora apaga a vela e vamos dormir que os nossos dias, a partir de amanhã, serão de glória.
- Glória do desporto nacional.
- Internacional.
- Como assim Henrique?
- O nome vai ser Internacional.
Os irmãos Poppe venceram quanto à escolha do nome – Sport Club Internacional - e embora Henrique tenha sido eleito o primeiro presidente, perdeu na escolha das cores do clube– vermelho e branco, as mesmas de um bloco carnavalesco muito popular, na época. Cem anos depois, somos oito milhões de colorados. Não há campeonato que não tenhamos vencido. E temos sede de vencê-los novamente. Ouço Henrique Poppe sussurrar em meus ouvidos que quem acredita, vence. Porque, como disse Suenens “A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade”.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

É oficial!

"Em janeiro de 2010, Porto Alegre volta a receber o fórum, que será promovido de maneira descentralizada, em diversas localidades." É o que diz o site zerohora.com http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%EDtica&newsID=a2462771.xml