terça-feira, 3 de maio de 2011


Vem das crianças as poesias mais serenas, tenho certeza.
Tanto pelo fato de serem ditas da maneira mais amorosa, quanto pelo fato de que, ainda que adultos sintam tão sinceramente, muitas vezes optam por, encabulados, não expressá-las.
É com esse intróito que conto-lhes uma pequena história que demonstra bem o que afirmei acima.
A sobrinha de uma amiga, com toda a sabedoria de seus seis anos de idade, certa feita, pronunciou a mais eloquente poesia sobre a natureza da saudade.

Essa amiga, ao se despedir da menina, ouviu com som de contrariedade:

- Você vai me deixar aqui sozinha?

Minha amiga ao responder:

- Não, vou deixar você com seu papai e sua mamãe.

Ouviu:

- Eu sei, mas aí eu vou ficar sozinha de você.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sinto, logo sei.



Eu sei o que é amor! Amor é aquilo que chega devagarinho, e esgaça o tecido que veste nossas defesas e deixa a nossa alma toda de fora. É aquilo que nos faz sorrir, encantados, diante da beleza singular da nossa nudez plena.